Busca Insensata

Buscando a si mesmo fora de si o ser se perde, se aliena, se escraviza... Retira de si mesmo o poder por sua jornada, se descontrola, enlouque. Diante da imensidão da vida, somos ainda menores que um grão de areia na praia ou no fundo do oceano... Somos poeiras cósmicas, incapazes de compreender nossa real dimensão no Universo. Porque enlouquecer desvelando a Vida, quando ainda há tanto do próprio ser a ser desvelado?

terça-feira, janeiro 18

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma /Até quando o corpo pede um pouco mais de alma/ A vida não pára... (Lenine)



Preciso reencontrar (ou seria encontrar?) o meu ponto de equilíbrio. Não estou em busca de uma doutrina espiritual, pois não creio que eu tenha perdido o sentido místico durante a minha crise religiosa. Eu ainda sinto que existe algo muito maior que eu e que transcende meus desejos e sonhos particulares: a Vida e o Universo. A mudança, a renovação, a imensidão e a estabilidade (por favor, não confundir com rigidez) presentes no Universo e na Vida que o permeia são, no meu entendimento, as provas da transcedência que podemos encontrar neles.
No entanto, nos últimos tempos tenho me sentido desligada disso tudo. Parece que estou longe do meu próprio tempo e do espaço... e eu sofro por isso. Quero me sentir conectada ao Universo e à Vida novamente, para que a minha própria existência, ínfima como um grão de poeira cósmica, possa se fortalecer e, assim, eu consiga aceitar com sabedoria e paciência os eventos que essas Entidades me "apresentam".
Também venho sentindo falta de compartilhar o que penso e sinto sobre a vida cotidiana, sobre as belezas e angústias da Vida e sobre as relações que construímos enquanto passamos pela Terra. Sinto, ao compartilhar minhas ideias, ao transformá-las em palavras escritas, que elas passam a fazer um pouco de sentido.
Por isso voltei a esse espaço: para escrever um pouco da minha nova viagem em busca de uma conexão, embora eu queia curtir muito o caminho, as paisagens que essa jornada me oferece e nem tanto o "destino"... Pois o sentido de nossa existência e a felicidade estão no próprio caminhar, no cotidiano, e não no final dele.
Enquanto isso a Vida segue.