Busca Insensata

Buscando a si mesmo fora de si o ser se perde, se aliena, se escraviza... Retira de si mesmo o poder por sua jornada, se descontrola, enlouque. Diante da imensidão da vida, somos ainda menores que um grão de areia na praia ou no fundo do oceano... Somos poeiras cósmicas, incapazes de compreender nossa real dimensão no Universo. Porque enlouquecer desvelando a Vida, quando ainda há tanto do próprio ser a ser desvelado?

terça-feira, fevereiro 15

Os três tesouros



Mais uma vez, transcrevo o que não consigo traduzir de forma apropriada:

Os mestres taoístas alertam que, embora possuamos uma Consciência Universal, não é prudente considerar que, se Deus(*) está dentro de nós, não precisamos de mais nada.
É certo que precisamos redescobrir o sagrado dentro de nós mesmos. Mas para tal é necessário 'baixar a nossa bola', reduzir o nosso ego. Para isso o Taoísmo nos fornece três suportes, três tesouros, fundamentais para se trilhar o caminho espiritual: Humildade, Afetividade e Simplicidade.

Para se aproximar do Tao, deve-se adotar no dia-a-dia uma postura menos arrogante, não complicar a coisas e tratar os outros com mais afeto, reconhecendo suas capacidades e dificuldades, respeitando tudo e reverenciando humildemente a vida.

Como eu já disse em outro lugar, o Taoísmo nos oferece poucos princípios para seguir. Assim, devemos viver esses três tesouros, esses três valores interiores, através da prática de outros três princípios: Doação, Devoção e Transformação.
Doação ao próximo, devoção ao superior e transformação de si próprio.(...)
(Mestre Wu Jyh Cherng, Iniciação ao Taoísmo, v. I).


O restante do texto elucida o que significa agir de acordo com esses três princípio e me tocou bastante... Como eu disse em no post anterior, ainda não sei o quanto vou consequir me apropriar a aceitar das informações trazidas pelo Taoísmo, mas sei que tenho grande chances de encontrar meu ponto de equilíbrio começando por esses três tesouros.

(*)Nota: É sempre importante frisar que para o taoísmo, a palavra "Deus" se refere ao Absoluto, que não necessariamente é um ser ou uma entidade. É a forma ocidental mais próxima de compreender didaticamente o Tao.