Busca Insensata

Buscando a si mesmo fora de si o ser se perde, se aliena, se escraviza... Retira de si mesmo o poder por sua jornada, se descontrola, enlouque. Diante da imensidão da vida, somos ainda menores que um grão de areia na praia ou no fundo do oceano... Somos poeiras cósmicas, incapazes de compreender nossa real dimensão no Universo. Porque enlouquecer desvelando a Vida, quando ainda há tanto do próprio ser a ser desvelado?

sexta-feira, fevereiro 25

Se o arqueiro atira uma flecha no vazio, em que ele vai acertar?


A minha busca por um ponto de equilíbrio começou um pouco depois de as crianças terem chegado aqui em casa. O primeiro mês com elas foi um inferno, muitas brigas, gritos, provocações, manhas e brigas... Eu estava cansada de viver daquela forma. Senti que precisa me equilibrar se eu quisesse que meus filhos aprendessem a respeitar os outros, afinal de contas a adulta da relação sou eu: EU tenho o dever de me manter serena na solução dos conflitos e me manter firme para lhes ensinar o que é necessário para serem sujeitos autônomos, responsáveis e satisfeitos com o rumo que escolherem para suas vidas e capazes de mudar aquilo que os insatisfaz.
Um dos primeiros textos que li nesse processo foi um artigo no site da Sociedade Taoísta do Brasil, que fala sobre a necessidade do silêncio interior e de uma capacidade plena de ignorar provocações e ataques nas relações que estabelecemos no cotidiano. Basicamente, fala sobre nos tranformarmos em "alvos no vazio", para manter nossa própria serenidade e capacidade de perceber a realidade sem as lentes dos nossos preconceitos.
Naquele momento esse texto me ajudou a procurar outras estratégias de lidar com meus filhos, especialmente com o Beto. Mas hoje, especialmente hoje, faz ainda muito mais sentido, porque além de tentar fazer isso e conseguir em alguns momentos, preciso de alguém ao meu lado que também estea disposto a se tornar um alvo no vazio. Para aqueles que quiserem conhecer o texto, abaixo o link para o artigo:

O Eu e a garrafa sem fundo