Busca Insensata

Buscando a si mesmo fora de si o ser se perde, se aliena, se escraviza... Retira de si mesmo o poder por sua jornada, se descontrola, enlouque. Diante da imensidão da vida, somos ainda menores que um grão de areia na praia ou no fundo do oceano... Somos poeiras cósmicas, incapazes de compreender nossa real dimensão no Universo. Porque enlouquecer desvelando a Vida, quando ainda há tanto do próprio ser a ser desvelado?

quarta-feira, fevereiro 1

Desafio dos 50 dias: uma foto sua com 15 ou 10 anos de idade.


Eita nóis... Até bate uma saudade quando a gente começa a fazer essas coisas. Aqui nesta foto me acompanham minhas lindas e amadas companheiras desta maravilhosa viagem que chamamos de vida, minhas irmãs. Minha adolescência ficará marcada para sempre em minha memória, mas alguns aspectos com certeza merecem destaque:

1. Foi o início da transição de uma vida muito difícil para uma vida um pouco mais confortável. Comecei a trabalhar nesse mesmo ano (1994) e isso facilitou muitíssimo nossa vida em família. Foi nessa época que descobri, pela primeira vez, que eu não nasci para ser dona de casa. Sempre vou lembrar de uma frase que minha amiga Alex falava ao meu irmão, uns dois anos mais tarde: "Na vida você tem duas escolhas: ou você estuda tranquilo e depois trabalha feito um cavalo; ou você estuda feito um cavalo e trabalha tranquilo"...
2. Comecei a entrar em contato com outras realidades e ter novas e maravilhosas experiências. Percebi, talvez pela primeira vez, o quanto meu mundo era pequeno e tinha a aprender. A partir daí, minha sede de conhecimento não teve mais fim. Devorei livros, mergulhei em filmes, me dediquei aos amigos. Nunca fui de muitos amigos, mas o que eu tinha eram (e continuam sendo) sempre muito verdadeiros. Essa talvez tenha sido a fase em que eu menos me "apaixonei", apesar de ter aproveitado bem o despertar da sexualidade.
3. Percebi que eu poderia ser bonita, além de "inteligente". Até então eu sempre me achei muito feia. Quando percebi que alguns meninos me olhavam diferente, percebi o quando atraente eu poderia ser. Foi como na história do patinho feio, embora hoje eu dê outros significados a essa fábula.

Enfim, os 15 anos, como o marco máximo da adolescência, representa bem a magia dessa fase, mas eu me entristeço ao observar alguns adolescentes hoje, gastando sua energia criativa na frente de vídeo-games e computadores, ou pior, se esforçando para encontrar o pior e mais trágico em tudo. Há quase 18 anos atrás, ser adolescente ainda representava possibilidades de mudanças, embora alguns professores nos vissem como "aborrescentes". Hoje me pergunto: o que eles estão fazendo para mudar o seu mundo?